Destinos




Se há imagem que gosto de ter na minha mente é esta - Um quadro de destinos com partidas de aviões!!
Não há nada mais libertador que estar parado num aeroporto e olhar para aqueles quadros sempre em constante movimento com indicação de voos, horas, cancelamentos, boarding, gates, etc...

Para aquela ideia romântica de "um dia pego nas tralhas e vou daqui para fora" julgo que não há melhor sensação que chegar, mochila às costas, olhar para o quadro de voos e decidir...hoje, vou para.....ali (seja lá onde ali é).Virar costas a tudo, respirar fundo e apenas partir, mandando tudo o que se tem pró caraças! É para aqui que esta imagem me transporta.

Aquele sentimento do "que sa foda" impera sobre o bom-senso, o ímpeto de descoberta sobrepõe-se à incessante busca de segurança (falsa a meu ver) que a nossa sociedade ainda quer impor aos seus membros - quando se fala de sair daqui para ser livre, fala-se na verdade de sair das "grilhetas" sociais que nós criámos para nos controlar -....é muito mais fácil controlar pessoas que têm medo de arriscar, de se meterem em algo de novo, do que pessoas que fazem mochila e metem-se no primeiro avião para o primeiro destino que se lembram!!

Todos sentimos realmente esta necessidade de apenas ir...muito poucos realmente o fazem porque apesar de tudo é uma escolha difícil. Procuramos até mitigar esta sensação, razão pela qual viajar se torna tão necessário como ferramenta de controlo emocional (por exemplo). Mas é importante saber porque o fazemos ou queremos fazer. Como em tudo na vida, as motivações da acção vão definir todo o processo consequente e ao saber porque o fazemos, estamos a legitimar o processo em si; estamos a moralizar e credibilizar a nossa acção.

Comentários

Anónimo disse…
so....just go! :)
a.

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