Reduções na AR

Tenho-me debruçado na temática da redução do número de "representantes do povo" no parlamento (podia ser no vinho, mas neste caso não). Tanto que decidi colocar por escrito algumas considerações - nem que seja em jeito de ideia resumida, como é o caso!

Bem vistas as coisas, acho que um país com 10 Milhões de pessoas não necessita de 250 representantes...ainda por cima num sistema eleitoral como o nosso, que não facilita a proximidade nem mitiga as discrepâncias regionais e que não permite o voto na pessoa (é só mesmo no partido, para ser igual ao futebol:
"- ah..eu voto neste partido porque sempre votei"
"- Então mas quem é o seu candidato preferido?"
"- Isso não importa nada, o que interessa é a cor!!"

A redução do número de assentos parlamentais traz obviamente uma redução no número acessores e outros parasitas, bem como uma redução grande na despesa (rombo) que os grupos parlamentais representam no orçamento da AR (que continua a actuar com bastante despesismo e a desperdiçar as actuais ferramentas de redução de despesa, via simples renegociações contratuais).

Ao reduzir o número de assentos, tornaríamos certamente mais eficiente a governação em Portugal...quanto mais não seja porque o parlamento demonstrava ao país que também está alinhado com a redução da despesa, com o aumento da eficácia e eficência das suas operações e que está atento a possíveis "abusos" de uma classe que se considera intocável - eu nunca soube de um deputado despedido!!! Redução que também se faria sentir nas regalias que cada deputado tem (e que não são nada baratas para o OE).

Uma possível forma de alterar tudo isto era realmente adaptar uma regionalização do país. Com 5 regiões autónomas (para além das ilhas), a saber:
- Norte
- Centro
- Lisboa e Vale do Tejo
- Alentejo
- Algarve

Cada região teria a sua própria autonomia administrativa e financeira, com representação no parlamento. O sistema eleitoral era assim mais transparente, uma vez que só teriam assento parlamentar os representantes eleitos de cada região administrativa e quem votava saberia de antemão quem era o seu "político" na AR.

Dado que 5 regiões não necessitam de 250 deputados, conseguia-se reduzir em 2/3 este número, diminuindo consideravelmente as despesas para o estado ou pelo menos transferi-las para as administrações das regiões administrativas (facto que beneficiava economia com uma eficaz distribuição de rendimentos, fazendo assim uma verdadeira descentralização financeira do OE).

Julgo que seria um modelo interessante de gestão para um país que necessita urgente de mudar a sua forma de fazer política...e sim, pode ser ingénua, mas por vezes é esta ingenuidade que beneficia toda a sociedade.

Voltarei ao tema!!

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