Behaviouralism - Comportamentalismo :)

Esta questão surgiu aqui no tasco quando o seamus pediu um wiky e o MacAllister o mandou para o real pénis e para ele ir mamar nos peitos da cabritinha, ao que o seamus respondeu:
"- estás-me a enervar e tu sabes como é que eu fico quando me enervo, até porque sou doente dos nervos"
o outro não foi de modas e disse-lhe:
- és é um granda meias fodinhazzzss, pequeninazzzs e encarquilhadazzzs
- e tu, que vieste do curral das moinazzzs prá cidade, tás aí feito azeiteiro a mandar umas postas d'alto
- querem ver que tenho de mostar quem é o azeiteiro?? punheteiro de merda
- então mostra, lá!!Vá...tá sempre a cagar e a tossir postas de pescada...mostra lá!!!!

e pronto, lá foi mais uma sessão de emborcar penáltesss para ver quem é que ia primeiro ao santo e depois se punha a declamar "o Manifesto do Dantas" para fazer a melhor imitação do Mário Viegas......enfim, nada mais que um dia normal no tusabar.

E derivado desta questão chegou-me às mãos, mesmo a propósito, um pequeno exercício de Gestão da raiva.
Vejamos então o caso que se apresenta:


Por vezes, quando se tem um mau dia e precisamos de o descarregar em alguém, não o faça em alguém seu conhecido. Descarregue em alguém que NÃO conheça.
Estava sentado à minha secretária, quando me lembrei de um telefonema que tinha de fazer. Encontrei o número e marquei-o. Respondeu um homem que disse:
"Está?" Educadamente respondi-lhe:
"Estou! Sou o Luís Alves. Posso falar com a Sra. Ana Marques, por favor?"
Ficou com uma voz transtornada e gritou-me aos ouvidos:
"Vê lá se arranjas a merda do número certo, ó filho da puta!" e desligou o telefone.
Nem queria acreditar que alguém pudesse ser tão mal educado por causa de uma coisa destas.
Quando consegui ligar à Ana, reparei que tinha acidentalmente transposto os dois últimos dígitos. Decidi voltar a ligar para o número "errado" e, quando o mesmo tipo atendeu, gritei-lhe: "És um grande parvalhão!" e desliguei.
Escrevi o número dele juntamente com a palavra "parvalhão" e guardei-o.
De vez em quando, sempre que tinha umas contas chatas para pagar ou um dia mesmo mau, telefonava-lhe e gritava-lhe:
"És um parvalhão!"
Isso animava-me. Quando surgiu a identificação de chamadas, pensei que o meu terapêutico telefonema do "parvalhão" iria acabar. Por isso, liguei-lhe e disse:
"Boa tarde. Daqui fala da PT. Estamos a ligar-lhe para saber se conhece o nosso serviço de identificação de chamadas!
" Ele disse "NÃO!" e bateu o telefone.
De seguida liguei-lhe, e disse: "É porque és um parvalhão!"
Uma vez, estava no parque do Colombo e quando me preparava para estacionar num lugar livre, um tipo num BMW cortou-me o caminho e estacionou no lugar que eu tinha estado à espera que vagasse. Buzinei-lhe e disse-lhe que estava ali primeiro à espera daquele lugar, mas ele ignorou-me. Reparei que tinha um letreiro "Vende-se" no vidro de trás do carro, e tomei nota do número de telefone que lá estava.
Uns dias mais tarde, depois de ligar ao primeiro parvalhão, pensei que era melhor telefonar também para o parvalhão do BMW. Perguntei-lhe:
"É o senhor que tem um BMW preto à venda?"
"Sim", disse ele.
"E onde é que o posso ver?", perguntei.
"Pode vir vê-lo a minha casa, aqui na Rua da Descobertas, Nº 36. É uma casa amarela e o carro está estacionado mesmo à frente."
"E o senhor chama-se?..." perguntei.
"O meu nome é Alberto Palma", disse ele.
"E a que horas está disponível para mostrar o carro?"
"Estou em casa todos os dias depois das cinco."
"Ouça, Alberto, posso dizer-lhe uma coisa?"
"Diga!"
"És um grande parvalhão!", e desliguei o telefone.
Agora, sempre que tinha um problema, tinha dois "parvalhões" a quem telefonar. Tive, então, uma ideia. Telefonei ao parvalhão Nº 1.
"Está?"
"És um parvalhão!" (mas não desliguei)
"Ainda estás aí?" ele perguntou.
"Sim", disse-lhe.
"Deixa de me telefonar!" gritou.
"Impede-me", disse eu.
"Quem és tu?" perguntou.
"Chamo-me Alberto Palma", respondi.
"Ah sim? E onde é que moras?"
"Moro na Rua da Descobertas, Nº 36, tenho o meu BM preto mesmo em frente, ó parvalhão. Porquê?
"Vou já aí, Alberto. É melhor começares a rezar", disse ele.
"Estou mesmo cheio de medo de ti, ó parvalhão!" e desliguei.
A seguir, liguei ao parvalhão Nº 2.
"Está?"
"Olá, parvalhão!", disse eu. Ele gritou-me:
"Se descubro quem tu és..."
"Fazes o quê?" perguntei-lhe.
"Parto-te a tromba!" disse ele. E eu disse-lhe:
"Olha, parvalhão, vais ter essa oportunidade. Vou agora aí a tua casa, e já vais ver."
Desliguei e telefonei à Polícia, dizendo que morava na Rua da Descobertas, Nº 36 e que ia agora para casa matar o meu namorado gay. Depois liguei para as Sic's e TVI's e falei-lhes sobre a guerra de gangs que se estava a desenrolar nesse momento na Rua da Descobertas.
Peguei no meu carro e fui para a Rua da Descobertas.
Cheguei a tempo de ver dois parvalhões a matarem-se à pancada em frente de seis viaturas da polícia e uma série de repórteres de TV.
Mesmo sendo uma história temos de concordar que este é um cenário deveras interessante....
Sendo assim, espero que da próxima vez que houver algum tipo de discussão na Tasca, que haja uma prelecção sobre o controlo dos sentimentos e gestão da raiva, mas que não envolva bófia nem tv...

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