Greve à selecção

Desde que soube que o Queiroz foi convidado para ser seleccionador nacional que a minha reacção foi "Lá voltamos nós uns 20 anos atrás".

Que foi um retrocesso, julgo que não há dúvidas. Que foi desperdiçar o trabalho de continuidade que vinha a ser feito (mesmo antes do scolari) também não há dúvidas. Que saiu caro, disso é só certezas (é dos mais bem pagos do mundo e a FPF ainda teve de pagar a cláusula de rescisão ao Manchester).

Assim, dei-me ao trabalho de ver alguns jogos na fase de qualificação para o mundial, por forma a poder fundamentar a minha opinião. Não me desiludi! Não há fio de jogo, não há coerência no tipo de jogo, não há liderança (dentro e fora do campo), há promiscuidade com os interesses clubísticos, a FPF não protege, nem dá a cara (antes com o scolari, a lapa do madaíl não saía da TV - agora nem se mostra, nem fala, nem nada...tá quietinho e sussugadito", não há critérios de equilíbrio na escolha dos jogadores, não há trabalho mental e não há orgulho na representação (é tudo forçado, com respostas e opiniões standardizadas).

Há cerca de 1 ano que tomei a decisão de não ver mais jogos da selecção enquanto o Queiroz for seleccionador e os jogadores não assumirem as suas responsabilidades e profissionalismo. É uma decisão (ao contrário do que se possa pensar) bastante lógica e totalmente desprovida de "manias", birrices ou orgulhos.

Que foi vergonhoso ver a selecção (e não estou a falar do jogo de ontem), foi....mas pior é continuar a dar apoio a quem merece e a dar cobertura a pessoas que não respeitam o país, por isso tenho de ser coerente com a decisão de há 1 ano atrás e manter a minha greve à selecção!

As mentalidades têm de mudar e exigir mais de quem nos representa é uma obrigação nossa. Se o fazemos para as classes políticas e para os nossos representantes internacionais, porque não o fazemos com a selecção nacional de futebol?

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