O (constante) perigo alemão
As normas da cordialidade, da calma e do apaziguamento tipicamente perduram nas relações entre estados-nação. São o garante de relações sãs (ou pelo menos não belicosas) e são usadas para garantir a estabilidade que atrai a confiança de quem tem dinheiro para investir.
Assim é compreensível o esforço que cada estado-nação faz nas suas relações internacionais, quer na criação de acordos bilaterais, quer no derrube de barreiras burocráticas que porventura impeçam a circulação de capitais.
Ao longo da história moderna, especialmente da europeia, é vísivel o esforço que cada país faz para manter a paz com os seus vizinhos. Se no passado, as intervenções armadas, invasões ou despiques territoriais eram a palavra de ordem, atualmente e face às ameaças dum mundo global, cada país percebeu que por si só não vai lá. A união é efetivamente a melhor resposta perante os desafios do Séc. XX e XXI e isto aplica-se a quase todos os países, com a excepção da...Alemanha!
A atual classe política alemã, esquece-se do que deve ao resto dos seus vizinhos. Esquecem-se do perdão de dívida que tiveram no Pós-guerra. Esquecem-se do que a europa lhes deu quando lhes "esticou a mão" e mais uma vez a história repete-se, pois eles (a classe política alemã) são "cão que morde a mão ao dono" - sem querer ofender a raça canina.
A este título deixo aqui dois exemplos, atuais, dos perigos que esta tomada de posição alemã está a originar (até parece que sofrem de Alzheimer). Devo referir que são visões com as quais concordo a 100% e nas quais me revejo:
Embaixador José Cutileiro
Programa antena 1 - Visão Global (ouvir a partir do min 23:10s)
Como fica o Chipre? Para onde vai a Europa? O desafio dos BR... - Visão Global - Informação - Notícias - RTP
e.....
Excerto da carta aberta que o Presidente do CES (Conselho Económico e Social), José Silva Penedo escreveu ao ministro das finanças alemão:
"(...)Vossa excelência, ao expressar-se da forma como o fez, identificando a inveja de outros Estados-membros perante o 'sucesso' da Alemanha está de forma subjetiva a contribuir para desvalorizar, e até aniquilar, todos os progressos feitos na Europa com vista à consolidação da paz e da prosperidade, em liberdade e em solidariedade. Com esta declaração, vossa excelência mostra que o espírito europeu, para si, já não existe(...)
(...)Queria dizer-lhe também, senhor ministro, que comparar a atitude de alguns Estados a miúdos que, na escola, têm inveja dos melhores alunos é, no mínimo, ofensivo para milhões de europeus que têm feito sacrifícios brutais nos últimos anos, com redução muito significativa do seu poder de compra, que sofrem com uma recessão económica que já conduziu ao encerramento de muitas empresas, a volumes de desemprego inaceitáveis e a uma perda de esperança no futuro(...)"
Silva Peneda também lembrou as declarações do anterior presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, que, recentemente, afirmou que os "fantasmas da guerra que [se pensavam] estar definitivamente enterrados, pelos vistos só estão adormecidos" e acusou Schauble de, através das suas palavras, "parecer querer despertá-los".
Quer-me parecer que a falta de bom senso está a ser cada vez maior e que aliado a isso, há uma enorme incompetência nas classes dirigentes, uma vez que estes pouco sabem da vida real. Este defazamento entre a vida dos livros e a vida das ruas é algo que só é mitigado quando as duas vivem em equilíbrio e atualmente, estão a fazer pender os pratos da balança para algo muito perigoso.
Bem vos digo....se tivessemos há 60 anos isto já tinha dado em guerra!! (como infelizmente deu!!!)
Assim é compreensível o esforço que cada estado-nação faz nas suas relações internacionais, quer na criação de acordos bilaterais, quer no derrube de barreiras burocráticas que porventura impeçam a circulação de capitais.
Ao longo da história moderna, especialmente da europeia, é vísivel o esforço que cada país faz para manter a paz com os seus vizinhos. Se no passado, as intervenções armadas, invasões ou despiques territoriais eram a palavra de ordem, atualmente e face às ameaças dum mundo global, cada país percebeu que por si só não vai lá. A união é efetivamente a melhor resposta perante os desafios do Séc. XX e XXI e isto aplica-se a quase todos os países, com a excepção da...Alemanha!
A atual classe política alemã, esquece-se do que deve ao resto dos seus vizinhos. Esquecem-se do perdão de dívida que tiveram no Pós-guerra. Esquecem-se do que a europa lhes deu quando lhes "esticou a mão" e mais uma vez a história repete-se, pois eles (a classe política alemã) são "cão que morde a mão ao dono" - sem querer ofender a raça canina.
A este título deixo aqui dois exemplos, atuais, dos perigos que esta tomada de posição alemã está a originar (até parece que sofrem de Alzheimer). Devo referir que são visões com as quais concordo a 100% e nas quais me revejo:
Embaixador José Cutileiro
Programa antena 1 - Visão Global (ouvir a partir do min 23:10s)
Como fica o Chipre? Para onde vai a Europa? O desafio dos BR... - Visão Global - Informação - Notícias - RTP
e.....
Excerto da carta aberta que o Presidente do CES (Conselho Económico e Social), José Silva Penedo escreveu ao ministro das finanças alemão:
"(...)Vossa excelência, ao expressar-se da forma como o fez, identificando a inveja de outros Estados-membros perante o 'sucesso' da Alemanha está de forma subjetiva a contribuir para desvalorizar, e até aniquilar, todos os progressos feitos na Europa com vista à consolidação da paz e da prosperidade, em liberdade e em solidariedade. Com esta declaração, vossa excelência mostra que o espírito europeu, para si, já não existe(...)
(...)Queria dizer-lhe também, senhor ministro, que comparar a atitude de alguns Estados a miúdos que, na escola, têm inveja dos melhores alunos é, no mínimo, ofensivo para milhões de europeus que têm feito sacrifícios brutais nos últimos anos, com redução muito significativa do seu poder de compra, que sofrem com uma recessão económica que já conduziu ao encerramento de muitas empresas, a volumes de desemprego inaceitáveis e a uma perda de esperança no futuro(...)"
Silva Peneda também lembrou as declarações do anterior presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, que, recentemente, afirmou que os "fantasmas da guerra que [se pensavam] estar definitivamente enterrados, pelos vistos só estão adormecidos" e acusou Schauble de, através das suas palavras, "parecer querer despertá-los".
Quer-me parecer que a falta de bom senso está a ser cada vez maior e que aliado a isso, há uma enorme incompetência nas classes dirigentes, uma vez que estes pouco sabem da vida real. Este defazamento entre a vida dos livros e a vida das ruas é algo que só é mitigado quando as duas vivem em equilíbrio e atualmente, estão a fazer pender os pratos da balança para algo muito perigoso.
Bem vos digo....se tivessemos há 60 anos isto já tinha dado em guerra!! (como infelizmente deu!!!)
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