Poupar

Inicialmente e por influência académica tornei-me um Keynesiano convicto.
A "escola" por onde estudei seguia fundamentalmente as linhas defendidas por John Maynard Keynes, mas depois de aprofundar mais o Keynesianismo tornei-me efetivamente um defensor das suas ideias, mitigando alguns traços neo-liberais que correm bem lá no meu fundo. Acredito na mesma visão e continuo a compartilhar dos mesmo ideais.

Este senhor defendia, no início do século XX, numa altura em que as tendências nacionalistas ganhavam defensores, em que os modelos democráticos faliam por toda a europa (após a "tesão" inicial do derrube de monarquias), uma política económica de Estado intervencionista, através da qual os governos usariam medidas fiscais e monetárias para mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos - recessão, depressão e booms -

Uma das suas grandes ideias defendia que o consumo tendia a aumentar com o aumento dos ganhos, mas  não na mesma proporção e que a poupança dependia dos ganhos familiares, quanto maior forem os ganhos maior será a poupança. Segundo Keynes as pessoas com elevados ganhos tendem a ter elevadas poupanças. A Poupança depende da boa vontade ou capacidade de cada indivíduo para tal, o que se torna óbvio porque indivíduos com menos disponibilidade financeira têm menores recursos. 

Este tema de poupar é importante, porque considero que hoje em dia o conflito geracional  na nossa sociedade está efetivamente a desvirtuar esta consciência. Hoje em dia fala-se mais em ganhar para gastar já, do que ganhar para gastar depois (em tempos de necessidade). Prefere-se receber e gastar já e não se percebe que ao fazer isso estamos a endividar o nosso futuro, sem ter consciência do que se poderá realmente perder. O lema do YOLO é um paradigma desta realidade e temos de ter muita atenção, como geração, para não permitir que se façam novamente, os mesmos erros de outras eras!




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