Psicopatas bem sucedidos??

Li este hoje um artigo no Jornal de Negócios que me interessou bastante e sobre o qual aconselho uma leitura...podem vê-lo na íntegra aqui. A jornalista inspirou-se no livro de Jon Ronson -  The Psychopath Test: A Journey Through the Madness Industry. - que se debruça sobre as características de psicotpata de muitos CEO's.

É realmente uma temática interessante pois nesta análise aborda-se a resposta social entre um psicopata bem sucedido e um mal sucedido, sendo que aqui os extremos são exactamente o fiel da balança. A sociedade tem por bem que um tipo numa cadeira e presidente duma empresa possa ser responsável pela destruição de milhares de vidas, mas levamos por mal que um tipo pobre, que mata 9 pessoas seja considerado um absoluto vilão. Até a Justiça, olha para estes casos de formas distintas.

Só para termos uma noção de como as forças criminais classificam o perfil dum psicopata:
 
“os psicopatas possuem uma ausência profunda de empatia; utilizam as pessoas de forma cruel e sem qualquer tipo de remorso para atingir os seus fins; seduzem as vítimas com um charme hipnótico que mascara a sua verdadeira natureza de mentirosos compulsivos, de mestres na arte de enganar e de manipuladores sem coração. Com tendência para se aborrecerem facilmente, procuram estímulos constantes, pois o que os excita é ganharem “jogos” da vida real, ao mesmo tempo que retiram todo o prazer possível do poder que têm relativamente aos outros”.
 
Esta afirmação é de Robert Hare, o criador do Teste de Psicopatia (uma checklist de 20 itens), largamente utilizado por forças policiais especiais como o FBI e outras unidades de comportamento criminal.

Muitos dos corpos de accionistas das grandes empresas mundiais querem um tipo destes para CEO mas não o querem para vizinho....é giro, não é!? Para fazer dinheiro não se olha a moral para viver ao nosso lado, no nosso bairro já se pensa de forma verdadeiramente diferente...

Comentários

Anónimo disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse…
Parabéns pelo tema!!

De reter, que qualquer psicopatologia é sempre sensível ao contexto; em última análise, é sempre o impacto na conduta funcional que determina a existência da "doença". Daí que não seja de surpreender que existam muitos psicopatas "funcionantes"... E bem "funcionantes", acreditem (porque o que não falta para aí, é disso...)!

É exactamente o mesmo racional que nos permite aventar a hipótese da esquizofrenia de Jesus Cristo... Se não, vejamos...

a) Falava com Deus;
b) Deus (supostamente...) respondia;
c) Tinha delírios de grandeza;
d) Dizia coisas que ninguém compreendia;
e) ...

Se não fosse "funcionante" e não tivesse resultado no que resultou, não passaria de um doente mental...

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