Inovações

A música, como qualquer arte, tem obrigatoriamente de se re-inventar. Este é o espírito humano no seu melhor, a procurar constantemente novas fronteiras e novos desafios. Óbvio que isto choca (como em qualquer arte) com os "poderes instituidos" ou com os "velhos do restelo" que pelas suas próprias razões contestam qualquer mudança ou alteração a tradições há muito instituídas.

É deste choque que há evolução e se por vezes ganha o velho, outras ganha o novo. É desta ruptura que há criação e se há estilo musical que esteve muitos anos a ganhar pó na gaveta e que precisava destas "re-invenções", inovações ou mudanças era o Fado.

Na década de 90 assistimos ao ressurgir do fado no panorama musical português com o aparecer de novos valores e novas vozes que lhe devolveram o papel de destaque que em tempos teve (e desta vez sem motivos políticos ou propangandistas). Eis que nesta primeira década do Séc. XXI, começamos a ter experimentações, outras formas de abordar estas (não discuto aqui a validade ou qualidade das mesmas) e após 10 anos julgo que o mercado e as nossas mentes estão preparadas para as novas formas de cantar e tocar Fado, razão pela qual trago para a tasca uma senhora polaca que decidiu "cantar-nos" o nosso fado de forma............peculiar, mas a meu ver, muito bonita e entusiasmante:



Há algo de irónico ao ver o erudito em contacto com o mundano. O mundo nobre e sublime do violino a vir ter com o mundo mundano e plebiano da Guitarra Portuguesa!

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