Sistemas Prisionais

Hoje deparei-me com esta notícia do Público:

"(...)Uma inspecção de surpresa a uma prisão mexicana, em Acapulco, detectou a presença de 19 prostitutas no recinto, bem como cem televisores plasma, dois sacos de marijuana e 100 galos usados em lutas no interior da penitenciária.(...)"

Não vou sequer assumir que estou dentro do assunto dos sistemas prisionais, por isso não vou tecer comparações ou sequer comentar sobre as questões que recentemente vieram a público em Portugal. Vou sim pegar nesta temática e explorar a relevância que a sociedade dá à Justiça esquecendo ou fazendo por esquecer o que fazer depois dos sujeitos entrarem no sistema correcional. 

Julgo que este é um problema geral, de todas as sociedades (desenvolvidas, em vias de desenvolvimento ou até das sub-desenvolvidas) e que continua a ser menosprezado pelos governos. A criação de sistemas paralelos de subsistência, como neste caso é bem demonstrado (nesta prisão chegou a haver um leilão interno para uma cela com TV, Ar condicionado, frigorífico e cama ortopédica) é algo difícil de controlar, especialmente porque os intervenientes já o fazem fora do sistema mas precisamente por isso é que deveria existir uma atenção especial ao tema. Enquanto continuarmos a "esconder" as pessoas dos sistemas prisionais, estamos literalmente a "limpar o pó para debaixo do tapete" e fazer com que a inserção desses elementos seja dificultada, uma vez que estes não percebem os "ganhos e vantagens" em estar no sistema. 


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